domingo, 1 de abril de 2012

"Como artista e livre que sou...

...E viso uma sociedade livre também, eu vou me manifestar onde bem entendo desde que não agrida a questão social, a questão ambiental, a questão ética ou qualquer questão que seja ." 
Essas foram as palavras que um ARTISTA usou para justificar a sua performance em uma das ruas da cidade de São Paulo. A cena se constituía na seguinte descrição: Um homem estava apoiado na base de um orelhão, com o rosto coberto, munido de uma arma inutilizada e uma flor que saia do seu cano.
Ele não se mexia, não representava nenhuma ameaça a quem passava pela rua, muito menos ao patrimônio público, mas foi derrubado de onde estava por um policial que não se preocupou em nenhum segundo o que poderia acontecer quando o homem caísse no chão. Agressivos os policiais assediam moralmente os cidadãos que perguntam o motivo de estarem levando preso o Artista. 
Alegam desacato a autoridade, agitação da ordem legal, depredação do patrimônio público, o que em momento algum se torna evidente. Para indignação de quem passa, eles algemam o artirsta e retiram da sua mão a Constituição Federal, que em forma de lei deveria garantir o nosso direito de ir, vir, e falar o que pensamos, na hora que pensamos.



O foco desse blog nunca foi falar de política, de mobilizações, mas eu me pergunto, se a Ditadura Militar já acabou, por que ainda estamos cercados de opressão e abuso de direitos? O que se pensa da arte hoje?   Ela não pode mais ser revolucionária? A pintura, a música, a moda não podem fazer relação (e se importar) com o a conjuntura da sociedade em que vivemos? Me chamem de utópica, mas eu não consigo não ficar indignada. 

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